Silas Malafaia é, segundo meu senso teológico, um autêntico
e bom exemplo de simonia. Para quem não sabe, o termo ‘simonia’ é dado àqueles
que agem tal como o mágico Simão, história narrada em Atos 8:0-24.
Não tenho paciência para ouvir o Malafaia falando. Não
tenho. Muitos o ouvem para rir, mas eu tenho é vontade de chorar. Se for para
rir eu prefiro ouvir outros artistas de stand up. Porém, hoje, por um instante
quis dar uma olhada para ver o que ele anda aprontando por aí. Acessei o site ‘Vitória
($$$) em Cristo’ e encontrei algo interessante: “Clube 1 milhão de almas”. Segue a descrição abaixo.
Faça parte desse
clube, dando uma oferta voluntária no valor de R$ 1.000 (hum mil reais), para
nos ajudar a alcançar esse alvo. Cada vez que, por meio de nossos programas e
eventos, conquistarmos uma vida para Cristo, contabilizaremos o número em nosso
site. E, cada vez que você conquistar uma alma para Jesus, também poderá
registrá-lo, clicando no link Clube de 1 milhão de almas, em nossa página na
internet: www.vitoriaemcristo.org.
Então esse é o clube. Você dá uma oferta, claro que voluntária,
afinal, ninguém é obrigado a nada, de mil reais, milãozinho, para que Malafaia
e sua tropa tenham condições de alcançar 1 milhão de almas.
Segundo as contas malafaianas, cada alma custa, em média,
mil reais para ser salva. É um bom preço, não está tão caro se pensarmos. Mas,
talvez esse valor fique um pouco mais caro porque o site pede que o crente que
ganhar alguma alma informe o clube para que tal alma seja contabilizada. Que
maravilha! Um contador de almas muito eficiente. Mas bem, se você (coitado)
contribuiu com milão e por fora ganhou uma alma, ficam faltando 999.999 almas a
serem ganhas, mas o dinheiro continuará com o clube para ganhar outras almas. Não
há devolução em caso de tal alma não aceitar o Evangelho.
Basicamente, são R$ 1.000.000.000,00! Quer que eu
interprete? São 1 bilhão de reais para se ganhar 1 milhão de almas!
Minha pergunta é: quanto que os Apóstolos e Jesus precisaram
para ‘ganhar’ almas? Quanto?
Esses servos de Mamon — a riqueza — são pessoas más que usam
da religiosidade e da própria ganância do povo para adquirirem proveito próprio.
Servos de Cristo? Certamente que não. São uns servos de seu próprio estômago,
estupradores do Evangelho sim. Aqueles que amam o Evangelho não o forçam a
nada, já esses estupradores arregalam as pernas das Boas Novas e fazem o que
bem quiserem. Sim, estão distantes, milênios distantes do Evangelho.
Tenho uma sugestão para os que fazem barganha com Cristo:
que tal se vocês pegarem esses mil reais e, ao invés de darem para o Malafaia, dêem
diretamente para Cristo. Sabem como fazer isso? Sigam a parábola do rei em
Mateus 25. Quer servir ao Rei? Ajude aos necessitados. Quando você der pão a um
faminto, você alimentou ao próprio Cristo. Quando você der roupa ao nu, você
vestiu ao próprio Cristo. Isso sim é ser luz, isso sim é fazer diferença, isso
sim é ter acesso a alguém para testemunhar sobre o Evangelho. Dar mil reais
para outro supostamente desempenhar a obra que é OBRIGAÇÃO SUA é jogar dinheiro
fora.
O Cristianismo não é isso que se vê saindo dos lábios do
Malafaia.
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